Na primeira infância os alunos começam a aprender matemática de forma lúdica, com muitas brincadeiras e jogos. Mas com o passar do tempo essa disciplina vai virando um “calo” para muitos, chata para outros, complicada demais para quem não curte os números e as fórmulas. Mas, para outros tantos ela está longe de ser um “bicho papão”. Reeditando os tempos do jardim da infância, e para comprovar que estudar matemática não tem nada de chato ou difícil, os alunos do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Murakami, desenvolveram uma série de jogos para ajudar ainda mais o processo de aprendizado.
O resultado desses jogos foram aulas descontraídas, com todos participando ativamente. Para a professora Thays Luanna vários objetivos foram alcançados, desde a ativação da criatividade a uma avaliação para nota, sem que os alunos sentissem o peso de uma prova. “Essa atividade diferenciada ajudou na avaliação de nota, porque tira a pressão que uma prova impõe por exemplo e também fez com que eles aprofundassem os conhecimentos matemáticos, com os conteúdos que vinham sendo vistos em sala”, explicou a professora.
As estudantes Lívia Andrade e Manuella Mendonça desenvolveram um “caça ao tesouro” e ficaram bastante satisfeitas com o resultado. “Depois que a gente montou o jogo ficamos com uma visão diferente. Estudar matemática pode ser bem legal e com uma forma diferente de aprender”, contou Lívia. Já Manuella destacou que até a forma de aprendizado foi melhor, já que elas ao montar o jogo, tiveram que fazer muita pesquisa e resolverem os problemas. “A longo prazo a memorização vai funcionar ainda mais. Espero que tenham outros também”, completou Manuela.
Para Théo Acioli, o maior aprendizado ao desenvolver o jogo de enigma foi sobre trabalhar em grupo e também a administração do tempo. “A turma ficou toda motivada. No meu jogo a ideia era que tínhamos um determinado tempo para decifrar o enigma, ou então iria faltar oxigênio na sala e todos morreríamos sufocados. Então dividimos as tarefas sabendo do tempo que a gente teria. Conseguimos nos instantes finais (risos)”, revelou Théo que ficou feliz em desenvolver seu primeiro jogo matemático. Verônica Azevedo montou um kahoot, espécie de quiz virtual, com perguntas sobre a história da matemática. “Foi uma nova forma de estudar”, analisou Verônica, que separou a turma em grupos para a disputa.